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Homem sendo torturado com um aparelho conectado a sua face

Lionsgate/Reprodução

O problema das franquias muito longas

(Postado em: 18/01/2024 Por Leandro Soares)

Quando é realmente a hora de parar?

Hoje li uma notícia sobre godzilla minus one, o mais recente filme do kaiju, como chamam os japoneses, ser remasterizado para ser lançado nos EUA em preto e branco, e isso me fez pensar em algumas coisas…eu gosto de assistir filmes, bons filmes, filmes ruins, filmes de ação, de luta(que é ação, mas enfim, focada em luta), de drama, de terror…acredito que você já deva ter entendido que eu gosto de assistir filmes em geral, porque nos leva a outros mundos, outras realidades, melhores do que a nossa atual muitas das vezes, porém atualmente não tenho tido muito tempo e nem ânimo para assistir nada, na verdade nem para fazer quase nada.

Confesso que isso meio que atrapalha a percepção que eu tenho de filmes, jogos, etc. Mas eu tenho isso em mente e sempre volto para re-assistir um filme ou jogar um jogo novamente e muitas das vezes sou grato por fazer isso, como por exemplo quando eu deixei de jogar o jogo the witcher 3, por estar num momento, digamos, sombrio, para só depois descobrir o quão bom o jogo é. Mas não é sobre jogos que vim falar nesse artigo, e sim sobre filmes, ou reimaginação de filmes, reboots, refilmagens, remasterizagens, e todo esse tipo de modificação da obra original.

Eu acredito que certas obras não necessariamente precisam de versões diferentes, ou remasters, mas outras nos surpreendem, como foi o caso de Titanic, que não é um remaster, mas digamos uma “outra versão / reimaginação” do filme original pelo menos na minha concepção, que deu muito certo, e fez a gente conhecer sobre o Titanic. Sinceramente, nem eu e nem meus amigos na época sabíamos da existência de um filme anterior, e muito menos de que o filme na verdade fora baseado em um dos acidentes navais mais notáveis até os dias de hoje.

Mas enfim, de volta ao assunto principal, será que filmes precisam dessas versões diferentes, recolors, e outras “shenanigans”(baboseiras) que Hollywood nos empurra goela abaixo? Eu sinceramente acredito que não, mas o problema de “minus one” é que este nem é produção de Hollywood, e sim nipônica, e isso na minha concepção é bem ruim.

A “Hollywoodização” de filmes estrangeiros só faz com que nós percamos ideias originais, e diferentes pontos narrativos, o que é péssimo no curto, mas pior ainda no longo prazo. Isso só reforça a ideia de que tem de se fazer filmes muitas vezes ridículos, ou refilmagens idiotas para conseguir sucesso e ganhar uns trocados, e pagar uma conta aqui e outra ali…Não me levem a mal, eu gosto de remasters de filmes: a do poderoso chefão ficou excelente, relançar ele no cinema, ok, tem gente que gosta e quer ver em uma tela gigante, com vários megawatts de potência de som, até aí tudo bem, mas o problema é que estamos caindo em um poço sem fundo, da falta de ideias originais.

Cada vez mais vemos filmes sem ideias, ou só refilmagens, ou simplesmente pegam filmes antigos, colocam uma roupagem nova e lançam com temas atuais, como foi o caso de “meninas malvadas”…cadê a originalidade? não se tem mais ideias para novos filmes, apenas pegam adaptações e readaptam, refilmam? Ou simplesmente pegam histórias de super-heróis e adaptam.

Gosto de filmes de heróis, mas novamente, cadê a originalidade?? sinceramente, as séries de tv / streaming de super-heróis estão batendo muito nos filmes por muitas das vezes terem histórias novas, frescas…no cinema temos de esperar 4, 5, 6 anos para ver filmes sobre histórias que já lemos nos quadrinhos ou livros. Isso é bom, não me levem a mal, como fã de algumas franquias eu adoro adaptações, mas acho que chega disso, do mais do mesmo, ou vocês não acham? histórias originais estão em falta, na minha humilde opinião. Não se tem mais ideias boas, novas, que façam o público viajar, imaginar, sair daquele mundo já pré-estabelecido? Tomem por exemplo as franquias de filmes: antigamente as franquias tinham 3 filmes, 6 no máximo… agora temos 9, 10 , 12 filmes, vide jogos mortais, velozes e furiosos, dentre outras.

Não tenho nada contra franquias longas, ou reboots, mas acho que Hollywood deveria ter uma maior moderação nesse quesito. Os universos criados em certas franquias tem tanto espaço para explorar novos horizontes, que muitas vezes oportunidades valiosas são deixadas de lado apenas para se continuar no que é certo de dar alguns trocados. Recentemente Vimos alguns casos que deram errado, como por exemplo o da franquia “o exorcista” com “o exorcista - o devoto”, e sinceramente, pra mim nem é uma franquia, só existe o original de 1973, o resto é resto. Mas algumas já foram longe demais e tem de ser encerradas, ou simplesmente serem exploradas de jeitos diferentes, como estamos vendo as promessas de novos filmes de Star Wars com “Mandaloriano e Grogu” como noticiei alguns dias atrás.

Eu acredito que temos dias sombrios pela frente se continuarmos vendo apenas repetições, refilmagens, ou o que é pior, shows de turnês sendo exibidos em salas de cinema e concorrendo a prêmios com filmes de verdade, como foi o caso do “The eras tour”...